O pecado da desobediência
“E
plantou Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que
havia formado”. Gn 2:8.
Deus
tomou o homem que havia formado e o colocou no jardim para lavrá-lo e o
guardar. Gn 2:15. ‘Guardar’ é vigiar, manter em segurança, é também proteger,
preservar, cuidar.
E
Deus disse ao homem: “Mas da árvore do conhecimento [ciência] do bem e do mal,
dela não comerás, porque no dia em
que dela comeres, certamente morrerás”.
Gn 2:17.
“E,
vendo a mulher que aquela árvore era
boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento;
tomou do seu fruto, e comeu, e deu
também a seu marido, e ele comeu com ela”. Gn 3:6. Eva deu
ouvidos à serpente e comeu do fruto proibido por Deus. Aqui há uma profunda
revelação da palavra. Adão e Eva não sabiam o que era morrer. O que significava
estar longe da presença de Deus. Eles ignoraram a sentença que Deus havia
imposto sobre o pecado da desobediência. Não comerás; certamente morrerás.
Participar
do fruto que Deus havia proibido era também pecar contra Deus. Esse foi o
primeiro pecado da humanidade, por isso é chamado de ‘pecado original’. Ele
alcançou todos da raça humana, e
também toda a criação, e a terra por causa do pecado tornou-se maldita, ficou contaminada:
“E a Adão disse: Porquanto destes ouvidos à voz da tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei,
dizendo: Não comerás dela, maldita é
a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida”. A sentença final deste versículo 17 de
Gênesis capítulo 3 já demonstra que o homem teve os seus dias contados. A morte
entrara na terra. A Palavra de Deus, a sentença proferida a Adão e a Eva não
poderia ser revogada. O homem que Deus criara para lavrar e guardar o jardim
(Gn 2:15) havia caído. Desobedeceu a Deus. Mas, desde aquele momento, Deus
providenciou um meio de resgatar o homem e tornar a congregá-lo a Si mesmo.
O
que significava para Eva tomar do fruto e comer e oferecer a seu marido para
que também comesse, desobedecendo à ordem de Deus? A serpente disse para Eva:
“Porque certamente Deus sabe que, no dia em que dela comerdes, se abrirão os
vossos olhos, e sereis como Deus,
sabendo o bem e o mal”. Esta frase está carregada de significados espirituais: ‘sereis
como Deus’. Significava primeiramente autonomia. O homem seria governado por si
mesmo, não precisaria mais ser governado por Deus. Em segundo lugar, conheceriam
algo a mais que certamente achavam que Deus, de propósito, havia escondido deles:
o bem e o mal. Na palavra ‘mal’ aqui estão envolvidos todos os tipos de males,
calamidades, catástrofes, enfermidades, dores, morte. E Deus queria poupar-lhes
tudo isso. Mas o homem quis ser mais esperto. Desobedecendo, ele trouxe sobre
si toda sorte de mal.
A desobediência de
Adão trouxe terríveis consequências. A ausência de Deus foi o primeiro aspecto
dessa morte enfrentada pelo homem. Adão e Eva perderam a comunhão com Deus e o
lugar de delícia que o Senhor havia preparado e dado para que habitassem. Gn 3:23 “O
Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden para lavrar a terra, de que
fora tomado”. Mas a consequência não se limitou a Adão e a Eva. Antes ela se
estendeu a toda a humanidade: “Porque todos pecaram e destituídos estão
da glória de Deus”. Rm 3:23. “Porque Deus encerrou a todos debaixo da
desobediência, para com todos usar de misericórdia”. Rm 11:32.
Outro aspecto da morte enfrentada pelo homem foi a dor:
porque “em fadiga comerás dela [da terra] todos os dias da tua vida”. Vejamos o
restante do versículo em Gênesis capítulo 3:17-19: “E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste
da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por
tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Ela te produzirá
espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. Do suor do teu rosto comerás
o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e
ao pó tornarás”.
Aqui há uma forte revelação
por parte de Deus. É possível notar as consequências do pecado na vida do ser
humano e também para a própria natureza. A terra foi amaldiçoada, passaria a
produzir espinhos [que ferem, que causam dor] e abrolhos [que fazem tropeçar e
cair, ferindo e causando dor]. Então, a partir daquele momento, o homem não
mais comeria livremente de toda árvore, mas passaria a comer da erva que ele
mesmo deveria plantar. Mais ainda. O homem tinha em sua comunhão com Deus a
paz. Agora, lançado fora do jardim, estava à sua própria mercê; e o modo como
deveria se alimentar daquele momento em diante, segundo as Escrituras, segundo
a Palavra que Deus dissera, era em fadiga, todos os dias em que vivesse, até
que tornasse à terra da qual fora formado. Porquanto é pó e ao pó tornará.
Esta foi a terrível
sentença a Adão. À terra. E a mulher ficou sujeita ao marido por causa do
pecado. E grandemente multiplicou a sua dor: Gn 3:16 “E à mulher disse:
Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e
o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”.
Agora um versículo no Novo
Testamento nos chama a atenção sobre essa terrível sentença: “Mas Deus dá prova do seu amor para
conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Rm 5:8).
Amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, vocês podem abrir o coração para
receber toda a revelação contida nas palavras desse versículo? Deus, por causa
do seu amor com que nos amou.
A
nossa sentença de morte agora se transforma numa excelente expectativa de vida
e de vida eterna. Por que, mesmo Deus havendo posto a árvore da vida no Jardim
do Éden, o homem não comeu, porque Deus não o havia proibido. Se houvesse
comido do fruto da árvore da vida, o homem viveria para sempre. Ele poderia ter
comido dessa árvore antes de
desobedecer ao seu Criador. E assim teria a vida eterna. Mas na condição de
pecador, a vida eterna seria um tormento. “E havendo lançado fora o homem, pôs
ao oriente do jardim do Éden os querubins, e uma espada flamejante que se
volvia por todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn 3:24).Deus abençoe sua vida.
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