Lição 2: O fundamento e a edificação da Igreja Revista EBD Betel 14 de Abril de 2019
INTRODUÇÃO
O termo original para messias é /Mashia/ transliterado em Messias; e em grego /kristos/ traduzido por Cristo em português. É derivado do termo hebraico /masha/ que significa 'ungir'. /Mashia/ significa 'ungido'. A profecia mencionada por Isaías 61.1, "Porque o Senhor me ungiu", foi narrada por Lucas (4.18) quando de uma leitura feita pelo Senhor. No verso 21, Jesus diz: Hoje se cumpriu essa escritura em vossos ouvidos. O fato de estarmos ungidos é porque estamos nele. Como o Salmo 133 quando o Salmista diz a respeito do óleo sobre a cabeça de Arão que desce sobre a barba até à orla de seus vestidos. Nessa maravilhosa união do corpo com a cabeça, o que o Senhor é, somos porque nele estamos, e a nossa vida é a vida dele em nós.
Pentecostes, segundo a tradução do vocábulo na língua grega, é a mesma festa da Colheita, ou das semanas (7 semanas), do Velho Testamento que acontecia cinquenta dias após a Páscoa. Era a festa das primícias da sega dos grãos: cevada e trigo (Ex 23.16; 34.22). A nossa Páscoa é Cristo. Como diz Paulo: "Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa; porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós". Depois que foi entronizado e glorificado nas alturas, no quinquagésimo dia, cumpriu-se o dia de Pentecostes, isto é, Cristo, a primícia de entre os mortos (Rm 11.16; 1 Co15.20,23) foi oferecido a Deus, e envia o Espírito Santo a fim de habitar em seus fiéis.
Nos tornamos, então, a morada de Deus em Espírito: "No qual [Em Cristo] também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito". Vemos o princípio da unidade do corpo na união de Cristo com seus seguidores; Cristo e a Igreja. Como diz o meio irmão de Jesus: "Mas vós, amados, edificando-vos, a vós mesmos, sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo". (Judas 1.20). Na versão NVTL diz: "Mas vocês, queridos amigos, devem edificar as suas vidas firmemente sobre o alicerce da santíssima fé que vocês têm, e devem orar no poder e na força do Espírito Santo".
A festa da Colheita lembrava ao povo a bondade de Deus. Quando começava a colheita, o que caísse ou respigasse, era dos pobres e dos estrangeiros. Essa é uma figura maravilhosa da bondade de Deus em relação a nós, os gentios. O Trigo caiu na terra, morreu e deu muito fruto. Nós fomos alcançados pelas bênçãos que Deus enviou a Israel e que, pela riqueza da Sua Graça, nos alcançou, nos tornando uma mesma massa (1 Co 5.7) e um mesmo pão (1 Co 10.17), e todos participamos do mesmo pão.
Após ser batizado, O Espírito Santo desceu sobre Jesus como uma pomba (Lc 3.22) "E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto" (Lc 4.1), depois o mesmo Espírito o conduziu para ser tentado pelo diabo e, por fim: "Então, pela virtude [poder] do Espírito Santo, voltou Jesus para a Galiléia e a sua fama correu por todas as terras em redor" (Lc 4.14). Logo mais nos versos 18 e 19, Jesus vai ler a maravilhosa profecia de Isaías a seu respeito: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável ao Senhor".
Quando se reuniram para esperar a promessa de Jesus, todos os discípulos perseveraram unanimemente em oração e súplicas (At 1.14) para que o Senhor cumprisse a promessa do envio do Espírito Santo "E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente [em concordância] no mesmo lugar [...] e todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedesse que falassem".
Com o cumprimento da promessa, os discípulos puderam agora serem as testemunhas de Jesus: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". O Espírito Santo veio com um propósito de nos capacitar. Nós que éramos pobres, fomos evangelizados por um discípulo de Jesus. Nós que tínhamos o coração quebrantado, fomos curados por Jesus. Nós, que outrora éramos cativos, fomos livres; éramos cegos, tivemos as vistas restauradas; éramos oprimidos, mas fomos postos em liberdade e ouvimos do ano aceitável ao Senhor. Agora como testemunhas, fazemos da mesma forma, porque o Espírito do Senhor está sobre nós.
A função do Espírito Santo é a de 'parakletos', isto é, aquele que assiste e ajuda interiormente: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador /parakletos/ para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16). E, ao mesmo tempo, ele continua o trabalho de Jesus aqui na terra, nos ensinando e nos fazendo lembrar de tudo quanto o Senhor disse estando na terra. Ele também nos guiará em toda a Verdade (Jo 16.13); as palavras de Jesus são Espírito e vida (15.26) e exteriormente: dando testemunho, convencendo o mundo.
Quado Jesus falou com a mulher samaritana, ele disse: "Aquele que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna" (Jo 4.17). E mais adiante, o apóstolo João diz: "E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado" (Jo 7.39). Ao ser glorificado nas Alturas, Jesus envia o Espírito sobre os discípulos reunidos. Agora, através dos seus discípulos, Jesus realizaria as obras. Como homem Jesus possuía a limitação chamada tempo. Mas como Espírito, habitando em seus discípulos, ele poderia operar grandemente em todo o lugar, onde quer que os discípulos fossem levando a Palavra do Evangelho da Paz, ali está também o Senhor através do Espírito realizando a obra.
Jesus, através de nós, pelo Seu Santo Espírito age agora através de um novo corpo. Um corpo unido pelas juntas e medulas, mas não limitado ao tempo. Ao longo da história, a Igreja de Jesus tem experimentado o crescimento e a expansão 'até aos confins da terra', 'até à consumação dos séculos'. Glória ao Senhor, porque agora, através de todos aqueles que creem no Senhor Jesus uma fonte de água que jorra para a vida eterna pode matar a sede dos sedentos. "Quem tem sede vem a mim e beba" (Jo 7.37). E é dele que as pessoas bebem, aliás, que nós bebemos. Ele é a rocha da qual os hebreus beberam no deserto. Ele continua sendo a Rocha sobre a qual a sua Igreja está sendo edificada.
O Espírito Santo nos faz permanecermos unidos e unânimes em oração e súplicas por todos os santos. Agora por outro cumprimento, que é o retorno dele para nos levar para morar aonde ele estiver. Que o Senhor cumpra em nós e através de nós a sua eterna vontade, nos tornando seus instrumentos como notas de uma canção de adoração em Espírito e em Verdade, ou como nota do bom perfume de Cristo a fim de que o mundo possa ser alcançado por nós os que cremos.
Atos 11.1 diz: "E ouviram os apóstolos e os irmãos que estavam na Judeia, que também os gentios tinham recebido a Palavra de Deus". Que privilégio maravilhoso, sermos incluídos no Eterno Propósito de Deus.
Salmos 118.22 diz que "A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina". Essa passagem se cumpriu. Sobre isso Jesus disse: "Mas convém que primeiro ele padeça muito, e seja reprovado por esta geração" (Lc 17.25). Na figura abaixo podemos observar qual seja a pedra de esquina numa edificação: Vejamos,

Quando Jesus disse que edificaria a Sua Igreja, está falando que uniria a si mesmo todos os que cressem na sua palavra, para a edificação de um lugar em que o próprio Deus, por meio do Espírito Santo pudesse habitar (Ef 2.22). Essa nova habitação, não feita por mãos de homem, também serviria como expressão de Sua Glória, como testemunhas fiéis, como aqueles que proclamam a mesma mensagem que Ele pregou em obediência à Sua vontade, com o mesmo poder e autoridade. Aqui podemos perceber o princípio da unidade, como Paulo diz aos Efésios:
"Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação, um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós" (Ef 4.1-6).
Nesta lição vamos entender que o fundamento da Igreja é Cristo. Ele está edificando Sua Igreja e nós, que estamos nele, somos colaboradores nessa edificação. Que o Senhor ilumine nosso coração, nossa mente e nos dê entendimento em nosso espírito, para que possamos compreender com todos os santos o nosso lugar nele e o lugar dele como pedra principal.
1. CRISTO É A ROCHA
"E Sobre esta pedra [rocha] edificarei a minha Igreja" (Mt 16.18b).
No Salmo 118.22 supracitado na Introdução, o salmista faz referência ao próprio Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus enviado ao mundo para pregar boas novas aos mansos, libertação aos cativos, como foi dito pelo profeta Isaías "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos" (Isaías 61.1).
Ele é a pedra que os edificadores rejeitaram. O Salmo 127.1 diz que se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. O Senhor é o edificador e nós devemos edificar nele e com ele. Pedro diz em sua primeira carta: "E chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal de esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós os que credes, é preciosa, mas para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina, e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram destinados" (1 Pe 2.4-).
O Senhor está edificando a Sua Igreja. Para isso está usando pedras vivas, que são todos aqueles que são obedientes à verdade e que não tropeçam na Palavra. Aqueles que rejeitaram a pedra principal, rejeitaram aquele que o enviou. E porque o rejeitaram? A Escritura diz que Ele foi rejeitado sem causa.
1.1. JESUS, O MESSIAS
O termo original para messias é /Mashia/ transliterado em Messias; e em grego /kristos/ traduzido por Cristo em português. É derivado do termo hebraico /masha/ que significa 'ungir'. /Mashia/ significa 'ungido'. A profecia mencionada por Isaías 61.1, "Porque o Senhor me ungiu", foi narrada por Lucas (4.18) quando de uma leitura feita pelo Senhor. No verso 21, Jesus diz: Hoje se cumpriu essa escritura em vossos ouvidos. O fato de estarmos ungidos é porque estamos nele. Como o Salmo 133 quando o Salmista diz a respeito do óleo sobre a cabeça de Arão que desce sobre a barba até à orla de seus vestidos. Nessa maravilhosa união do corpo com a cabeça, o que o Senhor é, somos porque nele estamos, e a nossa vida é a vida dele em nós.
1.2. A AFIRMAÇÃO DE PEDRO
Jesus disse a Pedro que não foi carne e nem sangue que revelou a Pedro a natureza divina e eterna de nosso Senhor: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Pedro recebeu a revelação do próprio Deus, o Pai. Muitas vezes Jesus havia dito que as obras que ele realizava testificava de sua origem: "Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim" (Jo 10.25). Crede em mim, dizia. Ao menos pelas obras que eu faço, porque não sou eu quem faço, mas o Pai que está em mim, ele é quem faz as obras (Jo 14.11). Os milagres de Jesus atestavam sua origem, por isso, serviriam como testemunha contra aquela geração de incrédulos (Jo 15.24).
1.3. SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI A MINHA IGREJA
Sobre esta 'rocha', que é Cristo. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, que é Cristo (1 Co 3.11). O Senhor está dizendo que sobre si mesmo edificaria sua Igreja: "No qual [isto é, em Cristo] todo edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor" (Ef 2.21). Paulo também diz na primeira carta aos Coríntios que somos edifício de Deus e lavoura de Deus (3.9). "E, se alguém, sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará; porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um" (1 Co3.12,13).
Para edificarmos sobre o fundamento, devemos tomar o cuidado para não usarmos madeira, palha ou feno, que são as obras perecíveis de alguém, que são as obras da carne: inveja, contendas, dissensões. Se somos invejosos, se somos contenciosos ou se causamos divisão no corpo, somos carnais, porquanto o corpo do Senhor não está dividido. Perecível também porque se somos edificados sobre o Senhor, e se sobre ele nós também edificamos, a natureza do material usado nesta edificação não pode ser distinto dele mesmo: ouro, prata e pedras preciosas.
No contexto do capítulo 3 de 1 aos Coríntios, Paulo está falando à respeito da divisão entre os irmãos que diziam ser de Paulo, ou de Apolo. Mas todos nós que estamos em Cristo somos de Cristo, se não reconhecermos isso, então somos carnais e não espirituais. Ainda há muitos irmãos carnais no corpo, se gloriando em homens. A glória dos homens é perecível (I Pe 1.24), Muitos não criam no Senhor Jesus e não declaravam isso publicamente "Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus" (Jo 12.43).
Para edificarmos sobre o fundamento, devemos tomar o cuidado para não usarmos madeira, palha ou feno, que são as obras perecíveis de alguém, que são as obras da carne: inveja, contendas, dissensões. Se somos invejosos, se somos contenciosos ou se causamos divisão no corpo, somos carnais, porquanto o corpo do Senhor não está dividido. Perecível também porque se somos edificados sobre o Senhor, e se sobre ele nós também edificamos, a natureza do material usado nesta edificação não pode ser distinto dele mesmo: ouro, prata e pedras preciosas.
No contexto do capítulo 3 de 1 aos Coríntios, Paulo está falando à respeito da divisão entre os irmãos que diziam ser de Paulo, ou de Apolo. Mas todos nós que estamos em Cristo somos de Cristo, se não reconhecermos isso, então somos carnais e não espirituais. Ainda há muitos irmãos carnais no corpo, se gloriando em homens. A glória dos homens é perecível (I Pe 1.24), Muitos não criam no Senhor Jesus e não declaravam isso publicamente "Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus" (Jo 12.43).
2. O INÍCIO DA IGREJA: PENTECOSTES
Temos no Velho Testamento algumas personagens que podemos apontar como figuras da Igreja: Eva, por exemplo. As Escrituras relatam que Adão foi tomado do pó da terra e Deus o fez. Mas Eva foi tomada de Adão, de seu corpo e de seus ossos (Gn 2.23). Eva foi edificada por Deus, diferentemente de Adão. Enquanto Adão foi feito alma vivente, Cristo, que é o novo Adão [varão] é Espírito vivificante (1 Co 15.45). Por isso Ele disse que sua carne é comida e seu sangue é bebida (Jo6.55). A Igreja, igualmente, está sendo edificada em Cristo, nós os cristãos somos feituras suas, tomados de sua carne e de seus ossos: "Porque somos membros do seu corpo, da sua carne e dos seus ossos" (Ef. 5.30).
Outra figura da Igreja é Sara. Os descendentes de Abraão são herdeiros da promessa de Deus, mas não todos os filhos gerados por Abraão, mas somente Isaque. Disse o Senhor: Em Isaque será chamada a tua descendência. O descendente de Abraão é igualmente uma figura do Cristo. Isaque poderia ter sido oferecido a Deus por Abraão, mas não era o sacrifício perfeito. Deus não aceita, mas prova o amor de Abrão por Ele mesmo. E Deus prova o seu amor para conosco, oferecendo o Seu Filho Unigênito, Amado em sacrifício por nós. De Isaque surgiu Israel [Jacó] e os doze patriarcas. De Cristo surgiu a Igreja e os doze apóstolos. Mas a Igreja não existe por si mesma e fora dele, mas em Cristo. Agora, os que são de Cristo também são descendentes de Abraão, pela fé. Paulo diz aos Gálatas: "Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque" (Gl 4.28).
Não basta, pois, ser filho de Abraão, como era Isaque, Ismael e os filhos de Quetura. Mas em Isaque foi chamada a descendência de Abraão. Não basta ser filho de Deus, como muitos dizem que são, precisamos também ser filhos de Deus em Cristo Jesus. Nele é que fomos chamados. A vida passou a existir na Igreja quando Cristo, pelo Espírito Santo, veio morar em cada um de nós. E isso se cumpriu no dia de Pentecostes. Ele, agora glorificado, veio, não mais em um corpo físico, mas em Espírito, habitar em nós, como está escrito: "E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado" (I Jo 3.24).
2.1. A FESTA DE PENTECOSTES
Pentecostes, segundo a tradução do vocábulo na língua grega, é a mesma festa da Colheita, ou das semanas (7 semanas), do Velho Testamento que acontecia cinquenta dias após a Páscoa. Era a festa das primícias da sega dos grãos: cevada e trigo (Ex 23.16; 34.22). A nossa Páscoa é Cristo. Como diz Paulo: "Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa; porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós". Depois que foi entronizado e glorificado nas alturas, no quinquagésimo dia, cumpriu-se o dia de Pentecostes, isto é, Cristo, a primícia de entre os mortos (Rm 11.16; 1 Co15.20,23) foi oferecido a Deus, e envia o Espírito Santo a fim de habitar em seus fiéis.
Nos tornamos, então, a morada de Deus em Espírito: "No qual [Em Cristo] também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito". Vemos o princípio da unidade do corpo na união de Cristo com seus seguidores; Cristo e a Igreja. Como diz o meio irmão de Jesus: "Mas vós, amados, edificando-vos, a vós mesmos, sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo". (Judas 1.20). Na versão NVTL diz: "Mas vocês, queridos amigos, devem edificar as suas vidas firmemente sobre o alicerce da santíssima fé que vocês têm, e devem orar no poder e na força do Espírito Santo".
A festa da Colheita lembrava ao povo a bondade de Deus. Quando começava a colheita, o que caísse ou respigasse, era dos pobres e dos estrangeiros. Essa é uma figura maravilhosa da bondade de Deus em relação a nós, os gentios. O Trigo caiu na terra, morreu e deu muito fruto. Nós fomos alcançados pelas bênçãos que Deus enviou a Israel e que, pela riqueza da Sua Graça, nos alcançou, nos tornando uma mesma massa (1 Co 5.7) e um mesmo pão (1 Co 10.17), e todos participamos do mesmo pão.
2.2. A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO
Após ser batizado, O Espírito Santo desceu sobre Jesus como uma pomba (Lc 3.22) "E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto" (Lc 4.1), depois o mesmo Espírito o conduziu para ser tentado pelo diabo e, por fim: "Então, pela virtude [poder] do Espírito Santo, voltou Jesus para a Galiléia e a sua fama correu por todas as terras em redor" (Lc 4.14). Logo mais nos versos 18 e 19, Jesus vai ler a maravilhosa profecia de Isaías a seu respeito: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável ao Senhor".
Quando se reuniram para esperar a promessa de Jesus, todos os discípulos perseveraram unanimemente em oração e súplicas (At 1.14) para que o Senhor cumprisse a promessa do envio do Espírito Santo "E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente [em concordância] no mesmo lugar [...] e todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedesse que falassem".
Com o cumprimento da promessa, os discípulos puderam agora serem as testemunhas de Jesus: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". O Espírito Santo veio com um propósito de nos capacitar. Nós que éramos pobres, fomos evangelizados por um discípulo de Jesus. Nós que tínhamos o coração quebrantado, fomos curados por Jesus. Nós, que outrora éramos cativos, fomos livres; éramos cegos, tivemos as vistas restauradas; éramos oprimidos, mas fomos postos em liberdade e ouvimos do ano aceitável ao Senhor. Agora como testemunhas, fazemos da mesma forma, porque o Espírito do Senhor está sobre nós.
A função do Espírito Santo é a de 'parakletos', isto é, aquele que assiste e ajuda interiormente: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador /parakletos/ para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16). E, ao mesmo tempo, ele continua o trabalho de Jesus aqui na terra, nos ensinando e nos fazendo lembrar de tudo quanto o Senhor disse estando na terra. Ele também nos guiará em toda a Verdade (Jo 16.13); as palavras de Jesus são Espírito e vida (15.26) e exteriormente: dando testemunho, convencendo o mundo.
2.3. CRESCIMENTO E EXPANSÃO
Quado Jesus falou com a mulher samaritana, ele disse: "Aquele que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna" (Jo 4.17). E mais adiante, o apóstolo João diz: "E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado" (Jo 7.39). Ao ser glorificado nas Alturas, Jesus envia o Espírito sobre os discípulos reunidos. Agora, através dos seus discípulos, Jesus realizaria as obras. Como homem Jesus possuía a limitação chamada tempo. Mas como Espírito, habitando em seus discípulos, ele poderia operar grandemente em todo o lugar, onde quer que os discípulos fossem levando a Palavra do Evangelho da Paz, ali está também o Senhor através do Espírito realizando a obra.
Jesus, através de nós, pelo Seu Santo Espírito age agora através de um novo corpo. Um corpo unido pelas juntas e medulas, mas não limitado ao tempo. Ao longo da história, a Igreja de Jesus tem experimentado o crescimento e a expansão 'até aos confins da terra', 'até à consumação dos séculos'. Glória ao Senhor, porque agora, através de todos aqueles que creem no Senhor Jesus uma fonte de água que jorra para a vida eterna pode matar a sede dos sedentos. "Quem tem sede vem a mim e beba" (Jo 7.37). E é dele que as pessoas bebem, aliás, que nós bebemos. Ele é a rocha da qual os hebreus beberam no deserto. Ele continua sendo a Rocha sobre a qual a sua Igreja está sendo edificada.
O Espírito Santo nos faz permanecermos unidos e unânimes em oração e súplicas por todos os santos. Agora por outro cumprimento, que é o retorno dele para nos levar para morar aonde ele estiver. Que o Senhor cumpra em nós e através de nós a sua eterna vontade, nos tornando seus instrumentos como notas de uma canção de adoração em Espírito e em Verdade, ou como nota do bom perfume de Cristo a fim de que o mundo possa ser alcançado por nós os que cremos.
3. BÊNÇÃOS ATUAIS
Atos 11.1 diz: "E ouviram os apóstolos e os irmãos que estavam na Judeia, que também os gentios tinham recebido a Palavra de Deus". Que privilégio maravilhoso, sermos incluídos no Eterno Propósito de Deus.
3.1. ELEIÇÃO
O vocábulo 'eleição' nas Escrituras vem do vocábulo 'bahar' que significa provar. Segundo o dicionário bíblico teológico, e inclui o aspecto intelectual de distinguir, que está na base da preferência e do favor que influencia na escolha. Ser eleito segundo a presciência de Deus significa que ele nos distingue dentre todos [em Cristo] nos oferecendo o favor [graça], nos escolhendo em Cristo. Em João 15.16 Jesus diz que Ele mesmo foi quem escolheu os discípulos com um propósito: dar frutos.
Paulo diz: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade" (Cl 3.12). Nessa passagem fica clara a distinção daqueles que, como eleitos de Deus, cumprem a vontade do Pai. Essas obras são fruto do Espírito. Primeiro, Paulo nos instrui a nos revestir de entranhas de misericórdia, porque o Senhor foi misericordioso para conosco; depois que devamos nos revestir do amor (Cl 3.14) que é o vínculo da perfeição. Não há como ser perfeito sem estar em Cristo, revestidos de entranhas de misericórdia e de amor.
A Eleição nos inclui em Cristo, e só nele podemos ser eleitos de Deus.
O vocábulo 'eleição' nas Escrituras vem do vocábulo 'bahar' que significa provar. Segundo o dicionário bíblico teológico, e inclui o aspecto intelectual de distinguir, que está na base da preferência e do favor que influencia na escolha. Ser eleito segundo a presciência de Deus significa que ele nos distingue dentre todos [em Cristo] nos oferecendo o favor [graça], nos escolhendo em Cristo. Em João 15.16 Jesus diz que Ele mesmo foi quem escolheu os discípulos com um propósito: dar frutos.
Paulo diz: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade" (Cl 3.12). Nessa passagem fica clara a distinção daqueles que, como eleitos de Deus, cumprem a vontade do Pai. Essas obras são fruto do Espírito. Primeiro, Paulo nos instrui a nos revestir de entranhas de misericórdia, porque o Senhor foi misericordioso para conosco; depois que devamos nos revestir do amor (Cl 3.14) que é o vínculo da perfeição. Não há como ser perfeito sem estar em Cristo, revestidos de entranhas de misericórdia e de amor.
A Eleição nos inclui em Cristo, e só nele podemos ser eleitos de Deus.
3.2. REGENERAÇÃO
Paulo ao escrever a Tito nos fala das nossas obras antes de conhecer o nosso Senhor Jesus Cristo, através da pregação do Evangelho da paz. "Mas, quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras da justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo".
A palavra regenerar significa gerar de novo. Fomos gerados agora por nosso Salvador, pela Palavra de Deus, e renovados [feito novo] pelo Espírito Santo. Temos agora uma nova natureza que Pedro (1 Pe 1.23) chama de semente incorruptível, porque provém do próprio Pai. Cristo é a Palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. Ele nos gerou de novo. "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).
Em 2 Co 4.16 Paulo diz: "Por isso não desfaleçamos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior [espírito], se renova de dia em dia".
A palavra regenerar significa gerar de novo. Fomos gerados agora por nosso Salvador, pela Palavra de Deus, e renovados [feito novo] pelo Espírito Santo. Temos agora uma nova natureza que Pedro (1 Pe 1.23) chama de semente incorruptível, porque provém do próprio Pai. Cristo é a Palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. Ele nos gerou de novo. "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).
Em 2 Co 4.16 Paulo diz: "Por isso não desfaleçamos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior [espírito], se renova de dia em dia".
3.3. JUSTIFICAÇÃO
A Justiça de Deus fala de sua ação que justifica o homem. Assim se diz que fomos justificados [por Deus] pela fé em Cristo Jesus. Romanos 3.24 fala que fomos justificados gratuitamente pela graça de Deus, pela redenção que há em Cristo Jesus.
Quando fomos justificados pela graça de Deus recebemos o mistério da reconciliação. Agora temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo. (Rm 5.1).
Tendo sido justificados pelo sangue de Jesus, seremos salvos da ira de Deus (Rm 5.9).
Em Ap 22.11 podemos perceber que o ato de Justificação e de santificação são atos contínuos durante nossa caminhada até os céus.
Quando fomos justificados pela graça de Deus recebemos o mistério da reconciliação. Agora temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo. (Rm 5.1).
Tendo sido justificados pelo sangue de Jesus, seremos salvos da ira de Deus (Rm 5.9).
Em Ap 22.11 podemos perceber que o ato de Justificação e de santificação são atos contínuos durante nossa caminhada até os céus.
CONCLUSÃO
Aqui o comentarista comete novamente um grande erro de dizer que a Igreja é o mistério de Deus. Não está correto. O mistério de Deus, oculto desde os tempos passados é Cristo (Ef 1.9; Cl 1.26). Quando Paulo diz na carta aos Efésios que grande é o mistério a respeito de Cristo e da Igreja, ele fala no sentido da união como noivo e noiva, marido e mulher, como ele estava falando anteriormente a respeito do relacionamento entre o casal. Deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos uma só carne. Essa união íntima é que é um mistério para Paulo naquele contexto. A Igreja é o corpo de Cristo. Assim como o marido e a mulher são um só, mesmo sendo dois. Cristo e a Igreja são um único corpo.
Espero que todos aqueles que lerem essa palavra que o Espírito Santo propôs em meu coração, possam, juntamente, ser edificados. Deus abençoe a tua vida.
Aqui o comentarista comete novamente um grande erro de dizer que a Igreja é o mistério de Deus. Não está correto. O mistério de Deus, oculto desde os tempos passados é Cristo (Ef 1.9; Cl 1.26). Quando Paulo diz na carta aos Efésios que grande é o mistério a respeito de Cristo e da Igreja, ele fala no sentido da união como noivo e noiva, marido e mulher, como ele estava falando anteriormente a respeito do relacionamento entre o casal. Deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos uma só carne. Essa união íntima é que é um mistério para Paulo naquele contexto. A Igreja é o corpo de Cristo. Assim como o marido e a mulher são um só, mesmo sendo dois. Cristo e a Igreja são um único corpo.
Espero que todos aqueles que lerem essa palavra que o Espírito Santo propôs em meu coração, possam, juntamente, ser edificados. Deus abençoe a tua vida.
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