O princípio das dores de parto!

"Mas todas essas coisas são o princípio das dores" Mt 24.8.

O vocábulo para 'dores de parto' no original é /'odinon'/ (5604 - Strong) que tem o mesmo significado de /'odune'/ (3601 - Strong) que é um termo usado para definir aflição, dor, tristeza que consome. Jesus comparou os últimos dias da vida da Igreja na terra com os últimos dias de uma gestação. 

Se pensarmos na gestação, veremos que desde o momento em que a mãe recebe a notícia da gravidez há um misto de sentimentos tais como, medo, expectativa, ansiedade, curiosidade, alegria. A sensação de termos alguém crescendo no nosso corpo é indescritível. Não é o meu corpo, mas é um corpo no meu. Uma pessoa em mim. Então começam os preparativos. Preparamos um lugar para o bebê (menino ou menina? Não importa, desde que venha com saúde); compramos roupas e todas as coisas necessárias. Escolhemos um nome. Mas não é qualquer nome, porque aquele novo ser é igualmente especial. 

E na medida em que os meses vão passando, os dias começam a se desenvolver numa contagem regressiva. Está chegando a hora. Não sabemos o dia, mas quando as dores se intensificam, sabemos que pode ser a qualquer momento. E nenhuma mulher ao começar a sentir a dor que antecede o parto pensa em correr a uma farmácia para tomar um remédio, porque ela sabe que a hora se aproxima e que, certamente, o bebê deverá chegar a qualquer hora. Então, ela procura o médico que poderá auxiliá-la no momento mais difícil, mas necessário.

E quando o bebê nasce, toda aquela dor que antecedeu sua chegada parece insignificante. A mãe deseja pegar o bebê no colo, ver o seu rostinho, contar todos os dedinhos, abraçar-lhe de forma aconchegante e dar-lhe o peito. 

Por causa desses momentos antes, durante e após o parto o Senhor pôde comparar a sua vinda com uma gestação. Em Atos 1.11 há um versículo que todo aquele que reconhece o Senhor Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas aguarda o seu cumprimento: "E lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, virá do modo como os vistes subir". A partir desse dia, os discípulos passaram a viver na expectativa e esperança desse acontecimento. 

Nada na vida parecia mais importante do que o Amado Senhor voltando para eles. E eles correram. Se apressaram para falar ao máximo de pessoas que poderiam alcançar com as Boas Novas. Mas, ao contrário da mulher que está grávida, o Senhor quem foi nos preparar um lugar. Antes de voltar ao Pai, Jesus disse aos seus discípulos que deveria ir aonde eles não poderiam ir, e isso os deixou entristecidos. Então Jesus disse:

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito: Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também."

O termo usado por Jesus para não se 'turbe' é /'tarassesto'/ que é originado de /'tarasso'/ que significa causar uma comoção interna a alguém, tirar sua paz de mente, perturbar sua tranquilidade; inquietar, tornar impaciente; turbar; preocupar; inquietar o espírito de alguém com medo e temor; tornar-se ansioso e angustiado; causar perplexidade à mente de alguém ao sugerir escrúpulos ou dúvidas. Então o que Jesus quis dizer é para que os discípulos descansassem nas suas palavras de que viria outra vez. 

O contexto de Mateus capítulo 24 pode ser resumido no versículo 3, na última parte do versículo, em que os discípulos de Jesus lhe inquerem em particular: "Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da sua vinda e do fim do mundo?". Os discípulos perguntam 3 coisas:

1. Quando serão essas coisas - que Jesus havia dito que o templo seria destruído e não haveria nele pedra sobre pedra que não fosse derribada;

2. Que sinais haveria da vinda de Jesus - eles sabiam que Jesus iria ao Pai, mas voltaria novamente para eles;

3. Que sinais haverá do fim do mundo - Porque os discípulos sabiam que haveria um fim para todas as coisas criadas. 

Os acontecimentos da primeira pergunta já ocorreram. Jerusalém foi invadida e destruída no ano 70 da geração de Jesus. Realmente o templo ficou desolado. A história nos conta isso. Mas os próximos acontecimentos ainda não. Mas tudo indica que o princípio das dores já iniciou. E se tornarão cada dia mais intensas.

Jesus disse que haveria guerras, rumores de guerras, nação contra nação, reino contra reino; fomes, e pestes, e terremotos em vários lugares. E todas essas coisas são o princípio das dores (Mt 24.6-8). Notemos que essas coisas sempre existiram, mas não com a mesma intensidade. 

O clamor do mundo por causa das vítimas do coronavírus está aumentando a cada dia. Mas, pelo que conhecemos das dores de parto, as dores ainda vão se intensificar. Muitas pessoas acreditam que as coisas vão melhorar, que tudo vai voltar ao normal. Mas a vinda de Jesus e o final dos tempos são acontecimentos dos quais não podemos fugir. Assim como a hora do parto para aquela que está grávida. Não há como fugir. Não há remédio paliativo. O que haverá é o aparecimento do Senhor para buscar os remidos, e o fim de todas as coisas.

O DIA DO SENHOR se aproxima. Não há como fugir. Para aqueles que não estão no Senhor, para aqueles que não se abriram para a verdade do Evangelho, para aqueles que não aceitaram se render ao que as Escrituras dizem, ainda há tempo para se arrependerem. Desde o princípio do anúncio da vinda de Jesus por João, o Batista, a mensagem é a mesma: Arrependei-vos. 

Para aqueles que estão no Senhor, para aqueles que andam na verdade do Evangelho, para aqueles que se renderam ao que as Escrituras dizem, há ainda um alerta do Senhor: Vigiai. Este é um alerta que devemos ter em mente: Vigiai!

Não sabemos a hora. O que sabemos é que as dores já iniciaram! E o tempo se aproxima.

Deus abençoe tua vida em Cristo Jesus.