Administrando as finanças no lar parte II

Já ouvi em algumas palestras a respeito de finanças o seguinte comentário: "O que é meu, é meu, o que é dele é nosso!". Certo? Errado. Ambos devem usar o seu ganho mensal para ajudar nas despesas, nos gastos, nos investimentos. Fica mais fácil administrar quando os dois colaboram em casa. Mas se apenas um trabalha, mesmo assim, ambos devem decidir juntos como aplicar e 'esticar' a grana até o fim do mês ou até o próximo pagamento. 

No casamento sempre tem aquele que poupa mais e aquele que gasta mais. E quando se compromete boa parte do salário em contas, parece que a única saída é lançar mão do cartão de crédito, do limite da conta, do cheque especial, de empréstimos. Quando o assunto é dinheiro, os bancos não querem perder. Então, elevam os juros ao máximo, esticam o tempo para pagar com prestações que só comprometem um terço do salário. Mas, a lógica é a seguinte, se o dinheiro não foi suficiente para pagar as contas do mês, a conta do cartão de crédito e o limite que já utilizei, acrescentando o valor X nas contas para o próximo mês, mas sanando com o empréstimo as contas desse mês, por quanto tempo eu conseguirei me manter sem um novo empréstimo?

Por exemplo: suponhamos que você ganhe 3.000,00 por mês. Retira o dízimo, 300,00; separa uns 80,00 para ofertas durante o mês. Paga aluguel ou prestação da casa no valor de 600,00, gasta mais ou menos 300,00 com transporte, 850,00 com alimentação, 120,00 de energia elétrica, 60,00 de água, 55,00 com gás, 40,00 com telefone, 200,00 com gastos extras com vestuário, 80,00 com remédio e/ou materiais escolares. Vejamos, você comprometeu 89,5% do seu salário. É claro que, uma vez ou outra há um aniversário ou casamento, uma saída para comer fora, uma ida ao Shopping, e quando você percebe, já gastou quase a metade do que ganha com cartão de crédito. No mês seguinte, você paga 2.685,00, mais cerca de 1.500,00 de cartão de crédito. Claro que o salário não será suficiente. Agora, inadimplência ou limite de cheque especial?  Começam os juros. Vira tudo uma bola de neve. Aí você conversa com o gerente do banco e faz um empréstimo. Claro, as prestações são pequenas. Mas pensa bem. Por menor que seja o empréstimo, as prestações não ficarão menores que 400,00. Durante 60 meses. Pensa bem. Ao invés de 2.685,00 de contas fixas você tem agora mais 400,00 de prestação de empréstimo. Mais cedo ou mais tarde, ficará na mesma situação, precisando de um novo empréstimo. Se está próximo ao final do ano, você já pensa no 13.º salário e o gasta sem mesmo tê-lo recebido.

Amados irmãos e irmãs. Não é esse o estilo de vida que o Senhor tem pra você. O custo de vida está cada vez mais alto. E o inimigo de nossas almas sabe bem como nos envolver nas dívidas, sintetizando nossas necessidades e ampliando a lista do que, na verdade, nem precisamos, mas compramos, compramos e muitas vezes nem sabemos no que gastamos nosso dinheiro tão suado.

Quem sabe não está na hora de colocar na ponta do lápis o que realmente pode ser cortado da lista. Comece a anotar o dinheiro do estacionamento, do lanche fora de casa, das idas ao shopping sem necessidade...


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